Teci durante a noite a teia astuciosa
Dum poema.
Armei o laço ao sol que há-de nascer.
Rede frágil de versos,
É nela que o meu sono se futura
Eterno e natural,
Embalado na própria sepultura.
Vens ou não vens agora, astro real,
Doirar os fios desta baba impura?
Miguel Torga
2 comentários:
Não sei de que gosto mais, se da teia se do poema....
Bom fim de semana ( que no outro lado não to posso desejar....)
Uma delícia.
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