Sem corantes, aditivos ... apenas conservando.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

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like my body when it is with your
body. It is so quite new a thing.
Muscles better and nerves more.
i like your body. i like what it does,
i like its hows. i like to feel the spine
... of your body and its bones, and the trembling
-firm-smooth ness and which i will
again and again and again
kiss, i like kissing this and that of you,
i like, slowly stroking the, shocking fuzz
of your electric fur, and what-is-it comes
over parting flesh . . . . And eyes big love-crumbs,
and possibly i like the thrill
of under me you so quite new
E.E. CUMMINGS


Foto: Ribeira (Porto), 28.01.2012

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

THE END

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Carnaval de Torres Vedras
21.02.2012

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

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Depus a máscara e vi-me ao espelho. —
Era a criança de há quantos anos.
Não tinha mudado nada...
ÁLVARO DE CAMPOS

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

NÃO DISSE NADA AMOR

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Não disse nada, amor, não disse nada:
foi o rio que falou ...com a minha voz
a dizer que era noite e é madrugada
a dizer que eras tu e somos nós.
A dizer os mil rostos e Lisboa
ao longo do teu rosto se te beijo.
À luz de um pombo chamo Madragoa
e Bairro Alto ao mar se te desejo.
Não disse nada, amor. Juro, calei-me:
foi uma voz que ao longe se perdeu.
Cuidei que era Lisboa e enganei-me
pensei que éramos dois e sou só eu.

ANTÓNIO LOBO ANTUNES

Foto: Parque das Nações
11.02.2012

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

POEMA DE AGRADECIMENTO À CORJA

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Obrigado, excelências.
Obrigado por nos destruírem o sonho e a oportunidade de vivermos felizes e em paz.
...
Obrigado pelo exemplo que se esforçam em nos dar de como é possível viver sem vergonha, sem respeito e sem dignidade.
Obrigado por nos roubarem. Por não nos perguntarem nada. Por não nos darem explicações.
Obrigado por se orgulharem de nos tirar as coisas por que lutámos e às quais temos direito.
Obrigado por nos tirarem até o sono. E a tranquilidade. E a alegria.
Obrigado pelo cinzentismo, pela depressão, pelo desespero.
Obrigado pela vossa mediocridade. E obrigado por aquilo que podem e não querem fazer.
Obrigado por tudo o que não sabem e fingem saber.
Obrigado por transformarem o nosso coração numa sala de espera.
Obrigado por fazerem de cada um dos nossos dias um dia menos interessante que o anterior.
Obrigado por nos exigirem mais do que podemos dar.
Obrigado por nos darem em troca quase nada.
Obrigado por não disfarçarem a cobiça, a corrupção, a indignidade.
Pelo chocante imerecimento da vossa comodidade e da vossa felicidade adquirida a qualquer preço.
E pelo vosso vergonhoso descaramento.
Obrigado por nos ensinarem tudo o que nunca deveremos querer, o que nunca deveremos fazer, o que nunca deveremos aceitar.
Obrigado por serem o que são.
Obrigado por serem como são.
Para que não sejamos também assim.
E para que possamos reconhecer facilmente quem temos de rejeitar.
JOAQUIM PESSOA
Foto: Lisboa, Largo de São Domingos, 21.01.2012

Os que me fotografam

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